A LepVax como é chamada, é a primeira vacina específica para hanseníase a ser testada no território brasileiro, e o Instituto foi escolhido como centro clínico devido à sua atuação científica nos estudos sobre a doença.
“Uma nova esperança, uma nova luz no fim desse túnel”, afirma o presidente do Morhan (Movimento de Reintegração do Hanseniano), ao referir-se aos primeiros testes de uma vacina inédita contra a doença, que vem sendo testada no Brasil.
Os testes são feitos pelo Instituto Oswaldo Cruz (10C/ Fiocruz). O fundador do Morhan, além de maior símbolo de combate à doença é acreano, Francisco Augusto Nunes, conhecido como “Bacurau”, foi acometido pela doença e viveu com suas sequelas até o ano de 1997, quando faleceu de outras doenças em sua casa, no Conjunto Bel Vista, em Rio Branco, Acre.
Financiados por entidades internacionais e pelo Ministério da Saúde, os testes serão conduzidos pelo Laboratório de Hanseníase do IOC, que, além da pesquisa, presta atendimento a pacientes no Serviço de Referência Nacional em Hanseníase.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorizou o início dos testes na semana passada. Em 2022, foram registrados ao menos 124 casos, segundo a Morhan, sendo o último dado disponível da doença no estado do Acre.
O Brasil segue sendo um dos maiores portadores da doença no continente americano, com mais de 90% dos diagnósticos da doença no continente. Além de ser o segundo país do mundo com maior quantidade de registros da doença, ficando apenas atrás da Índia.
