O Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), decidiu que os três acusados pelo assassinato do jovem jogador de futebol pernambucano, Thiago Oseas Tavares da Silva, de 18 anos, irão a júri popular. O caso, que chocou a população, teve origem em 31 de março, em Rio Branco, quando Thiago foi brutalmente assassinado.
Segundo a investigação, o crime pode ter sido motivado por uma interpretação equivocada de uma foto publicada pelo jovem em suas redes sociais. Na imagem, Thiago fazia um gesto com a mão que simbolizava “amor e paz”, mas que teria sido confundido como uma possível associação a uma facção criminosa, o que teria desencadeado a violência contra ele.
A Justiça do Acre determinou que os réus Andrey Borges Melo, Darcifra de Moraes Eduino Júnior e Kauã Cristyan Almeida Nascimento continuem presos preventivamente, por pelo menos mais 90 dias, enquanto o processo avança. Ainda não foi definida a data do julgamento, que será conduzido pelo Tribunal do Júri.
Durante as audiências de instrução, o Tribunal considerou os depoimentos colhidos que sustentam a materialidade do crime. No entanto, os acusados optaram por permanecer em silêncio, sem prestar declarações sobre o caso.
“Tudo indica que o crime foi motivado pela guerra entre facções criminosas, com os acusados acreditando que as vítimas pertenciam à organização rival, conhecida como Comando Vermelho. O ato, portanto, ao que parece, caracteriza-se como uma atividade de extermínio, considerando que os autores do delito eram membros do ‘Bonde dos Treze’, facção que exercia domínio sobre o bairro onde os fatos ocorreram”, afirma a decisão.
