Seis anos após o brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, o caso finalmente teve um desfecho judicial. Na última quinta-feira (31), o Conselho de Sentença do 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ambos réus confessos, pelos assassinatos de Marielle e Anderson.
A sentença foi proferida após 2.423 dias de espera e investigação. Ronnie Lessa, apontado como o atirador, foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio de Queiroz, acusado de ser o motorista durante o crime, recebeu uma pena de 59 anos e 8 meses. Durante a leitura da sentença, a juíza destacou o simbolismo do veredicto e o impacto profundo deixado pela tragédia.
“A Justiça por vezes é lenta, cega, torta, mas chega até para os acusados que acham que jamais serão alcançados pela Justiça”, disse.
Além das penas de prisão, os condenados foram sentenciados a pagar uma pensão ao filho de Anderson, Arthur, até que ele complete 24 anos de idade. Os réus também foram condenados a uma indenização para os familiares das vítimas, entre eles Ághata Arnaus, Luyara Franco, Mônica Benício e Marinete Silva.