No bairro Tancredo Neves, em Rio Branco, Acre, neste sabado, 02, o Dia de Finados representa não apenas um momento de lembrança e homenagem aos entes queridos, mas também uma oportunidade para o comércio informal local.
Perto do cemitério, ambulantes montam bancas e estandes improvisados para atender à demanda da data, oferecendo desde flores e velas até lanches e bebidas para quem visita o local, e coroas, como no caso da família da Katrine, que já trabalha neste dia, há mais de 10 anos.
Este comércio temporário ajuda os pequenos comerciantes, que se preparam durante semanas, e até meses, para aproveitar o aumento do movimento. Muitas dessas pessoas, sem emprego fixo, veem o Dia de Finados como uma chance de ganhar uma renda extra em meio à economia instável da região.
É comum ver barracas que vendem coroas de flores, arranjos e velas artesanais, que atraem os familiares que desejam enfeitar os túmulos de maneira especial. Os preços variam, mas os produtos acabam sendo acessíveis para a população do bairro, em comparação às floriculturas formais.
Além disso, o comércio de alimentos e bebidas é bastante movimentado, oferecendo opções rápidas para as pessoas que passam horas no cemitério. Alguns vendedores se especializam em pratos típicos da região, aproveitando a ocasião para valorizar a culinária local.
Esse ambiente de vendas dá ao bairro uma movimentação atípica e serve como um ponto de encontro e de socialização para os moradores, que aproveitam o dia para rever amigos e vizinhos enquanto prestam homenagens aos seus entes queridos.
Contudo, o comércio informal em Tancredo Neves enfrenta desafios, como a falta de infraestrutura e a concorrência desigual. No entanto, mesmo com esses obstáculos, o trabalho dos ambulantes no Dia de Finados representa uma importante fonte de sustento e mostra a resiliência e criatividade da comunidade local, que transforma esse momento de luto em uma oportunidade de sobrevivência econômica e de valorização das tradições locais.