O deputado estadual Adailton Cruz (PSB) é conhecido como um dos maiores defensores da saúde no estado; no entanto, sua indicação para a direção do Pronto-Socorro de Rio Branco (PS) tem sido motivo de questionamento sobre a qualidade do atendimento na unidade, conforme relatos de diversos pacientes e familiares.
“Desde que o Adailton começou a interferir, indicando pessoas para cargos aqui no PS, tudo ficou muito difícil. Tem dias que isso aqui está um inferno, e a gente é tratado como se não tivesse valor. Nunca vi um deputado mandar dentro de um hospital”, afirmou uma familiar que acompanha frequentemente sua mãe na unidade.
Enfermeiros que atuam no Pronto-Socorro também relatam situações de perseguição e dificuldades para se manterem em seus cargos. Segundo os profissionais, o ambiente de trabalho tem se tornado desafiador, com casos de pressão e tratamento desigual. Essa situação tem gerado insatisfação, com obstáculos que vão desde problemas na gestão até conflitos internos que interferem no exercício pleno de suas funções.
Essas dificuldades afetam não só o desempenho individual dos profissionais, mas também o atendimento prestado aos pacientes, uma vez que um ambiente de trabalho tenso pode comprometer a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população. Os relatos trazem à tona uma preocupação com o bem-estar dos enfermeiros, que desempenham papel essencial no atendimento emergencial e na manutenção do cuidado contínuo dos pacientes.
Outro ponto em questão é a morte da detenta Liane Gomes das Chagas, de 35 anos, ocorrida no último dia 17 dentro do Pronto-Socorro, o que levou a família a iniciar uma ação contra o Estado, acreditando que a gestão do PS falhou em cuidar de mais uma vida.
Muitos afirmam que, quanto maior a interferência política no PS, menor é a qualidade do serviço.
Deixamos este espaço aberto para eventuais esclarecimentos por parte dos envolvidos.