Rio Branco, AC, 29 de abril de 2025 08:44
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Trabalhando 3 dias por semana e ganhando R$ 44 mil, deputado Marco Feliciano (PL) diz que o trabalhador deve trabalhar até a exaustão para alcançar a prosperidade

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Recentemente, um vídeo que circulou nas redes sociais gerou intensos debates sobre trabalho e prosperidade no Brasil. O deputado Marcos Feliciano (PL) fez declarações polêmicas ao afirmar que os trabalhadores devem se esforçar até à exaustão para alcançar a prosperidade. Suas palavras foram proferidas em um contexto de discussão sobre uma proposta de emenda à Constituição que visa reformular a jornada de trabalho no país.

A proposta em questão surge como resposta às reivindicações de trabalhadores que clamam por mudanças significativas nas condições laborais. O Movimento “Vida Além do Trabalho”, liderado pelo trabalhador Ricardo Azevedo, mobilizou quase 800 mil brasileiros em uma petição pública online que pede o fim da jornada de trabalho de 6×1 e a adoção de uma jornada de 4 dias por semana. 

Durante o vídeo, Feliciano questionou a validade dessas reivindicações, insinuando que a busca por uma jornada de trabalho mais curta poderia ser vista como um sinal de fraqueza ou falta de determinação. Essa perspectiva, porém, é amplamente contestada por especialistas e ativistas que defendem que a redução da carga horária de trabalho não significa uma diminuição do esforço, mas sim uma reavaliação das condições que permitem um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

A alteração proposta à Constituição não é uma questão isolada, mas parte de um movimento global que reconhece a necessidade de adaptar as legislações trabalhistas às novas realidades do mercado. Países como a Islândia e a Nova Zelândia já experimentaram com sucesso jornadas de trabalho reduzidas, observando melhorias na produtividade e bem-estar dos trabalhadores.

A discussão em torno das palavras de Feliciano também levanta questões sobre a representação política e a forma como os interesses dos trabalhadores são tratados no Congresso Nacional. Enquanto alguns políticos podem ver o trabalho exaustivo como uma virtude, muitos cidadãos estão exigindo um novo modelo que priorize a saúde mental e a qualidade de vida.

 O debate está apenas começando, e as vozes dos trabalhadores, assim como as de seus representantes, serão cruciais para moldar o caminho a seguir.