Mais uma fuga no sistema prisional do Acre evidencia a grave crise enfrentada pela gestão penitenciária do estado. Desta vez, o detento Dario Bezerra de Souza, que cumpria pena por roubo, conseguiu escapar enquanto estava sob custódia no Pronto Socorro de Rio Branco (PS) na última quinta-feira (19). O caso reforça as críticas recorrentes à administração do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN), atualmente sob a liderança de Marcos Franck.
Relatos afirmam que Dario aproveitou um momento de distração, de apenas um agente que estaria na função designada para a sua escolta no hospital. A Secretaria de Segurança Pública e o IAPEN ainda não forneceram detalhes claros sobre como a fuga aconteceu, o que tem gerado uma série de questionamentos acerca da gestão da segurança penal no Acre.
Especialistas em segurança pública ressaltam que a reincidência dessas falhas é um reflexo de má gestão e da incapacidade de conter a crise no sistema carcerário. “A responsabilidade direta é da administração. Não é apenas um problema estrutural, mas de organização e liderança. Quando o sistema falha repetidamente, é evidente que algo precisa ser revisto de forma urgente”, afirmou o sociólogo Ricardo Almeida, que estuda o sistema penitenciário brasileiro.
A população também tem se mostrado cada vez mais insatisfeita. Nas redes sociais, internautas criticaram a falta de respostas efetivas do governo do Acre e pediram a substituição de Franck na presidência do IAPEN. “Quantos mais precisarão fugir para que tomem providências? A sensação de insegurança só aumenta”, comentou uma moradora de Rio Branco.
O histórico de recapturas no estado não é animador: segundo dados não oficiais, apenas 40% dos presos que fogem são recapturados.
O Alerta Cidade procurou o IAPEN, mas até o presente momento não houve nenhuma resposta. Deixamos este espaço em aberto para eventuais esclarecimentos por parte dos envolvidos.
