Rio Branco, AC, 9 de janeiro de 2025 15:51
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Após mais de dois meses de internação, bebê que ficou no útero após morte da mãe, recebe alta no Acre

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Depois de 2 meses e 14 dias de internação, a pequena Cecília Vitória finalmente pôde ir para casa na última segunda-feira (23), em Rio Branco, junto com o pai, Felipe Araújo, auxiliar de limpeza. A chegada da bebê trouxe alegria e esperança para a família, especialmente após uma jornada marcada por desafios e superação.

Cecília enfrentou uma luta intensa pela vida. A mãe, Gisele Gomes, de 22 anos, sofreu morte encefálica no dia 2 de outubro, após um pico de pressão alta causar a ruptura de uma artéria no cérebro. Gisele estava grávida de seis meses, mas foi mantida por aparelhos por mais sete dias para que a gestação pudesse continuar, possibilitando o nascimento de Cecília em 9 de outubro.

A bebê nasceu prematura, com apenas seis meses e meio, e precisou permanecer no hospital para ganhar força e superar as dificuldades típicas de uma gestação interrompida precocemente. Durante o período de internação, a família de Cecília precisou de apoio. Felipe e a avó materna se revezavam em turnos no hospital, e a solidariedade da comunidade foi essencial.

“Recebemos muitas doações. Foi tanta gente ajudando que nem tem como agradecer um por um. Somos muito gratos por todo esse apoio”, declarou Felipe.

Com a saúde da filha estabilizada, Felipe celebrou emocionado a chegada de Cecília a tempo do Natal. “Foi o presente de Natal que mais desejávamos. Depois do falecimento da minha esposa, estávamos orando todos os dias pela recuperação da nossa filha. Graças a Deus, ela está em casa. Estamos muito felizes e atentos a todos os cuidados necessários.”

Por enquanto, Cecília ficará aos cuidados da avó materna, mas Felipe está acompanhando tudo de perto. A força e a união da família foram fundamentais para superar os momentos difíceis.

Felipe relembra com emoção a decisão médica que salvou a vida da filha. “Os médicos disseram que, apesar da morte encefálica, o corpo da minha esposa estava funcionando como uma incubadora. Os batimentos cardíacos da minha filha estavam bons, então eles decidiram manter os aparelhos ligados para dar a ela a chance de nascer”, contou.

O casal, junto há quase dois anos, tinha grandes expectativas para a chegada da filha. Apesar da perda de Gisele, a família encontrou força na luta pela vida de Cecília, que agora começa uma nova fase em casa, cercada de amor e esperança.