Rio Branco, AC, 9 de janeiro de 2025 05:37
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PRF afasta agentes envolvidos em ação que deixou jovem baleada na cabeça no Rio de Janeiro

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A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) determinou o afastamento preventivo dos policiais envolvidos na ação que terminou com Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça nesta terça-feira (24), véspera de Natal, na BR-040, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense.

Em nota oficial, a PRF lamentou o ocorrido e informou que os agentes foram retirados de todas as atividades operacionais. A Direção-Geral da PRF também determinou que a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanhe o caso e ofereça assistência à família de Juliana. “Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso”, afirmou a instituição.

O superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, declarou que os policiais envolvidos alegaram, em depoimento, terem ouvido disparos ao se aproximar do veículo e deduzido que eles teriam vindo do carro. No entanto, mais tarde, reconheceram que cometeram um grave erro.

A Polícia Federal (PF) já realizou a perícia no local e instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do caso. As armas utilizadas pelos agentes foram apreendidas e passam por análise da perícia técnica. Tanto os policiais quanto os familiares da vítima já prestaram depoimento.

Rumo à ceia de Natal

Juliana viajava com sua família para passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, Niterói, quando o veículo em que estavam foi alvejado por tiros disparados pelos agentes da PRF.

O pai da jovem, Alexandre Rangel, de 53 anos, que estava dirigindo o carro, relatou os momentos de desespero. Segundo ele, ao ouvir a sirene da polícia, sinalizou imediatamente que iria encostar o veículo. No entanto, os agentes já desceram do carro atirando.

“Falei para a minha filha: ‘Abaixa, abaixa’. Eu me abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas, infelizmente, o tiro pegou na minha filha. Eles desceram perguntando: ’Por que você atirou no meu carro?’. Mas eu nem tenho arma, como é que eu poderia ter atirado?”, relatou Alexandre.

Juliana foi levada ao Hospital Adão Pereira Nunes, onde passou por cirurgia. Segundo informações da prefeitura de Duque de Caxias, seu estado de saúde é considerado gravíssimo.

Alexandre também foi atingido na mão esquerda por um disparo. Ele não sofreu fraturas e recebeu alta médica ainda na noite de terça-feira.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Federal. A família exige justiça e esclarecimentos sobre a ação dos agentes.