O Brasil encerrou o ano de 2024 com US$ 329,7 bilhões em reservas internacionais, uma espécie de “poupança” em moedas estrangeiras mantida pelo governo para proteger a economia contra crises externas. O valor representa uma queda de 7,1%, ou US$ 25,3 bilhões, em comparação ao montante de US$ 355 bilhões registrado no final de 2023.
A redução significativa nas reservas está diretamente ligada às intervenções do Banco Central (BC) no mercado cambial durante o fim do ano. Para conter a alta expressiva do dólar, o BC realizou leilões de venda no mercado à vista, totalizando US$ 20,07 bilhões. Além disso, a autoridade monetária emprestou outros US$ 15 bilhões por meio dos chamados leilões de linha, operações temporárias em que os valores retornam posteriormente às reservas cambiais.
Essas medidas foram concentradas em dezembro, período em que o dólar sofreu uma disparada, fechando o ano com uma valorização de 27%, cotado a R$ 6,17. A alta acentuada da moeda americana refletiu a forte saída de capitais do país, em meio a incertezas econômicas e políticas.
As reservas internacionais, embora ainda robustas, são um pilar importante para a estabilidade financeira do Brasil. A redução observada em 2024 destaca os desafios enfrentados pelo governo para equilibrar o mercado cambial em um cenário de alta volatilidade.
