O cenário político de Rio Branco volta a colocar o nome da ex-vice-prefeita Marfisa Galvão em evidência. Militantes do Partido Progressistas (PP) no Acre questionam se ela tinha razão em seus desentendimentos com o prefeito reeleito Sebastião Bocalom (PL), após comentários de que o gestor não estaria cumprindo as promessas feitas à sigla durante o pleito municipal de 2024.
Integrantes do PP afirmam que o partido tem sido “apequenado” pela atual administração, sem que acordos políticos e compromissos pré-eleitorais sejam honrados. As insatisfações crescem internamente, e há temores de que isso possa levar a um rompimento entre o prefeito e seu atual vice, Alysson Bestene, que também é filiado ao PP.
A comparação com Marfisa Galvão, que foi diminuída e exilada por Bocalom em meio a divergências, é inevitável. Segundo militantes, Alysson pode enfrentar o mesmo destino caso não se alinhe completamente à forma de governar do prefeito. O grupo também afirma que Bocalom está conduzindo a gestão de forma centralizadora, desconsiderando acordos partidários e enfraquecendo aliados políticos deliberadamente.
O temor de um possível “racha” no grupo político reacende os debates sobre a relação do PP com a gestão de Bocalom, e sobre o futuro do partido na capital acreana. Caso o cenário de insatisfação não seja resolvido, a crise pode abrir espaço para disputas internas e até mesmo reconfigurar o panorama político para as próximas eleições. Sejam elas municipais, ou não.