Após a proibição do transporte de passageiros por motociclistas que atuavam como motoristas de aplicativo em Rio Branco, uma nova polêmica surgiu. Moradores da capital começaram a flagrar mototaxistas utilizando aplicativos como o 99 para realizar o transporte de passageiros, atividade que antes era exercida por outra categoria.
O caso gerou questionamentos por parte da população, que agora cobra esclarecimentos da Prefeitura de Rio Branco sobre a legalidade dessa prática. Muitas pessoas lembraram que, no passado, os próprios mototaxistas eram críticos ao transporte por motociclistas que trabalhavam como autônomos via aplicativos.
A principal dúvida levantada é: com base em qual legislação os mototaxistas estão regulamentados para prestar esse tipo de serviço? A população argumenta que, se a atividade de transporte por motociclistas via aplicativos foi proibida, o mesmo critério deveria ser aplicado aos mototaxistas que utilizam essas plataformas, já que isso pode configurar uma concorrência desigual.
A regulação em debate
O serviço de mototáxi é regulamentado em muitas cidades, incluindo Rio Branco, onde os profissionais devem cumprir uma série de exigências, como cadastro municipal, vistorias e uniformização. No entanto, a integração de mototaxistas a aplicativos como o 99 pode abrir precedentes para alterações nas regras do transporte urbano.
A Prefeitura Municipal de Rio Branco (PMRB) ainda não se manifestou oficialmente sobre o tema, mas o debate trouxe à tona a necessidade de revisão e clareza na regulação do transporte de passageiros por motocicletas na cidade.
O que diz a população?
Moradores criticam a aparente incoerência entre a proibição de uma categoria e a atuação de outra no mesmo modelo. “Os mototaxistas sempre disseram que o transporte por aplicativos era irregular, mas agora estão fazendo exatamente isso. Queremos saber como isso está sendo fiscalizado e se é justo com quem trabalhava antes”, comentou um usuário de transporte por motocicleta.
Próximos passos
O impasse deve mobilizar discussões entre a Prefeitura, os sindicatos de mototaxistas e representantes da população. Enquanto isso, muitos aguardam uma resposta oficial para entender as bases legais da operação e o impacto disso na mobilidade urbana da capital.