Rio Branco, AC, 14 de março de 2025 09:59
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Quebra do sigilo de Mauro Cid torna público supostos crimes cometidos por Jair Bolsonaro

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (19) a retirada do sigilo do acordo de delação premiada firmado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão ocorre após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncia contra 34 indivíduos, incluindo Bolsonaro, por envolvimento em uma suposta trama golpista. 

Com a divulgação, os 14 depoimentos prestados por Mauro Cid à Polícia Federal tornam-se públicos. Esses depoimentos foram cruciais para as investigações que resultaram no indiciamento de Bolsonaro, acusado de planejar um golpe de Estado. Além disso, a delação aborda temas como a venda de joias sauditas, fraude em cartões de vacinação e a atuação do chamado “gabinete do ódio”. 

Na mesma decisão, Moraes estabeleceu um prazo de 15 dias para que os denunciados apresentem suas defesas por escrito. O ministro destacou que, com a apresentação da denúncia pela PGR, não há mais necessidade de manter o sigilo, garantindo assim o contraditório e a ampla defesa aos acusados. 

O acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, firmado em 2024, previa, entre outros pontos, uma pena máxima de prisão de dois anos e a extensão dos benefícios acordados à sua família, incluindo seu pai, General Lourena Cid, sua esposa e filha maior de idade. 

A divulgação dos detalhes da delação de Mauro Cid lança luz sobre as investigações em curso e pode influenciar significativamente os desdobramentos jurídicos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.