Policiais penais do Acre manifestaram indignação em uma nota encaminhada ao Alerta Cidade, acerca da gestão do presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN), o delegado Marcos Frank. As críticas abrangem desde a nomeação de Frank até práticas administrativas consideradas inadequadas.
A nomeação de Marcos Frank, delegado da Polícia Civil, para a presidência do IAPEN em agosto de 2024, gerou descontentamento entre os policiais penais. Representantes sindicais e associativos expressaram oposição à escolha de um delegado para liderar a instituição, defendendo que a presidência deveria ser ocupada por um policial penal de carreira. O deputado Arlenilson Cunha (PL), também policial penal, questionou a decisão, apontando possíveis conflitos legais e a necessidade de discussão jurídica sobre o assunto.
Antes da gestão de Frank, o IAPEN enfrentou controvérsias durante a presidência de Alexandre Nascimento. Em maio de 2024, Nascimento foi acusado de assédio moral por servidoras da Unidade Penitenciária Feminina de Rio Branco. As denúncias resultaram na abertura de uma investigação pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e, posteriormente, na exoneração de Nascimento do cargo.
Policiais penais relataram insatisfação com a gestão de Marcos Frank, especialmente no que diz respeito à nomeação de cargos de chefia. Segundo os servidores, as posições de liderança têm sido preenchidas com base em relações de amizade e critérios políticos, em vez de competência técnica, o que compromete a eficiência das unidades prisionais, denunciam.
Em fevereiro de 2025, surgiram novas acusações contra Marcos Frank. Ele foi denunciado pelo MPAC por supostamente disparar contra um veículo estacionado em Rio Branco em fevereiro de 2024. O delegado nega as acusações, e o caso segue em investigação.
A sequência de eventos envolvendo a liderança do IAPEN evidencia desafios significativos na administração do sistema penitenciário do Acre. As denúncias de assédio moral, questionamentos sobre nomeações e as recentes acusações criminais contra o atual presidente refletem a necessidade de uma gestão mais transparente e alinhada aos interesses dos policiais penais e da sociedade, onde o respeito a instituição da policial penal, seja mantido.