Os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Mário Frias (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS) destinaram um total de R$ 860.896 em recursos públicos para a produção do documentário “Genocidas”, um filme feito por aliados políticos dos parlamentares.
Apesar de serem ferrenhos críticos da Lei Rouanet e atacarem produções financiadas com dinheiro público, os três parlamentares utilizaram verbas destinadas ao Legislativo para impulsionar o projeto. Eduardo Bolsonaro foi o que mais investiu, alocando R$ 500 mil, seguido por Mário Frias, com R$ 180 mil, e Marcos Pollon, com R$ 100 mil.
A contradição chama atenção, principalmente porque, recentemente, Eduardo e Frias fizeram duras críticas ao filme “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar, classificando-o como “propaganda comunista”. Agora, no entanto, os mesmos parlamentares utilizam dinheiro público para financiar um documentário alinhado a suas ideologias.
A revelação da destinação de verbas gerou debates sobre o uso de recursos públicos em produções audiovisuais, especialmente quando feito por políticos que antes condenavam esse tipo de investimento.