A população de Cobija, capital do Departamento de Pando, na Bolívia, anunciou o fechamento das fronteiras com o Brasil pelo Acre, entre as cidades de Epitaciolândia e Brasileia, a partir desta segunda-feira (17).
A interdição será liderada por sindicatos, associações e membros da comunidade local como forma de protesto contra a crise de abastecimento de combustível, a alta inflação e o aumento expressivo dos preços dos produtos da cesta básica e da carne nos mercados da região.
A paralisação estava programada para iniciar às 6h (horário de Cobija) e 5h (horário do Acre). Ainda não há previsão para a liberação das passagens, o que pode afetar o fluxo de mercadorias, turistas e trabalhadores que dependem do livre trânsito entre os dois países.
O ato começará com uma grande marcha que sairá do Monumento dos Heróis da Guerra de Bahia, um ponto histórico na cidade boliviana. Segundo os organizadores, a manifestação visa pressionar as autoridades locais e nacionais a tomarem medidas urgentes para conter a crise econômica que afeta a população de Cobija.
A fronteira entre Brasil e Bolívia, especialmente no Acre, é um importante eixo comercial e social, onde muitas famílias dependem do intercâmbio entre os dois países para garantir sua subsistência. Com o bloqueio, há preocupação quanto ao impacto econômico e logístico para comerciantes e trabalhadores que cruzam diariamente a fronteira para realizar suas atividades.