Rio Branco, AC, 28 de abril de 2025 11:22
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Surto de Bronquiolite no Acre faz rede pública de saúde ampliar leitos pediátricos

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O aumento expressivo nos casos de bronquiolite em crianças no Acre tem mobilizado a rede pública de saúde a reforçar sua estrutura de atendimento. Atualmente, pelo menos 17 crianças estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e outras 50 ocupam leitos clínicos no Hospital da Criança, em Rio Branco, todas acometidas por síndromes respiratórias agudas graves (SRAGs).

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), a maioria das internações está associada ao vírus sincicial respiratório (VSR) — responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite em bebês de até dois anos. Diante do avanço da doença, o estado anunciou a abertura de 20 novos leitos de UTI semi-intensiva pediátrica e mais 10 leitos de enfermaria, todos instalados no Hospital da Criança, que hoje funciona no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into-AC).

O drama tem sido vivido de perto por muitas famílias acreanas. A dona de casa Eduarda Gomes acompanha há quinze dias a luta dos filhos gêmeos Ravi e Reynier. Os dois bebês, ainda com poucos meses de vida, foram diagnosticados com bronquiolite. Enquanto Reynier conseguiu se recuperar e já está em casa, Ravi precisou de cuidados intensivos.

“Eles começaram com uma gripezinha leve, como sempre acontece, e foi piorando. O Ravi acabou ficando oito dias entubado na UTI. Agora está se recuperando”, contou Eduarda.

Para fortalecer as ações de proteção, o Ministério da Saúde anunciou em fevereiro a incorporação de duas novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS): um anticorpo monoclonal e uma vacina destinada às gestantes, que transmite imunidade ao bebê nos primeiros meses de vida. A expectativa é reduzir os casos graves e internações.

Casos como o de Carlos Benício, de apenas quatro meses, reforçam a importância dessas medidas. O bebê precisou ser internado com complicações respiratórias, mas felizmente apresenta sinais de recuperação.

“O quadro dele está bem melhor, graças a Deus. Vai pra casa terminar de se recuperar, e precisa ficar bem isolado, sem visitas, para evitar novas infecções”, relatou a tia, Renê França.

Com a chegada das novas tecnologias e a ampliação de leitos, a rede pública espera controlar a situação e oferecer mais segurança para os pequenos acreanos durante o período de maior circulação dos vírus respiratórios.

Com informações do portal G1.