O empresário e influenciador digital Pablo Marçal foi condenado pela segunda vez pela Justiça Eleitoral de São Paulo. Candidato à Prefeitura de São Paulo nas últimas eleições, Marçal foi acusado de uso indevido das redes sociais, abuso de poder midiático, captação ilícita de recursos e abuso de poder econômico.
A nova decisão, proferida pelo juiz Antonio Maria Patino Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, torna o ex-candidato inelegível por mais oito anos. Em fevereiro, Marçal já havia recebido outra condenação em ação semelhante. Além da inelegibilidade, ele foi condenado ao pagamento de uma multa no valor de R$ 420 mil.
O processo teve início a partir de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Segundo a sentença, durante a campanha, a equipe de Marçal promoveu a divulgação de cortes editados de vídeos nas redes sociais, impulsionando os conteúdos por meio de pagamentos a terceiros, como influenciadores digitais e internautas, o que, segundo a Justiça, caracterizou abuso de poder econômico e midiático.
Apesar da condenação por esses atos, o juiz julgou improcedente o pedido para condenação de Marçal por captação ilícita de sufrágio, prática conhecida como compra de votos. A decisão ainda cabe recurso.
Pablo Marçal ainda não se manifestou sobre a condenação.