Rio Branco, AC, 17 de maio de 2025 17:51
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Servidores da Educação entram em greve e Prefeito de Rio Branco diz que não vai atropelar finanças da Prefeitura

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Os servidores da Educação do município decidiram deflagrar greve a partir desta sexta-feira (16), após diversas tentativas de negociação com a gestão municipal não resultarem em avanços. A paralisação foi aprovada em assembleia da categoria, que busca através de reivindicações, melhores condições de trabalho nas escolas.

Entre os principais pontos da pauta estão o reajuste do piso salarial do magistério, a reposição das perdas inflacionárias e o cumprimento da hora-atividade dos professores — tempo garantido por lei para planejamento pedagógico fora da sala de aula.

Os trabalhadores também reivindicam a ampliação dos auxílios alimentação e saúde, e pedem que a prefeitura mantenha os repasses ao RBPrev, regime próprio de previdência dos servidores. Outra demanda é a garantia de condições adequadas nas unidades escolares, incluindo merenda de qualidade, material didático, fardamento, cadernos, transporte escolar e itens de higiene básica.

A categoria ainda exige a criação de uma comissão para a reformulação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). Entre os pontos solicitados estão a inclusão dos funcionários na Lei de Gestão Democrática, o reconhecimento dos concursados da Educação que atuam na administração, o pagamento de insalubridade para professores e funcionários, gratificações específicas e a valorização da equipe gestora.

Em resposta à greve, em uma coletiva de imprensa, o prefeito Sebastião Bocalom afirmou: “Ninguém vai atropelar a economia do município em função de greve, sempre tratamos tudo com muita transparência, sem precisar de greve”, disse.

Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (SINTEAC), Rosana Nascimento, mais de 55 escolas, precisa garantir a aplicação da lei do piso salarial, o reajuste inflacionário para os funcionários das unidades escolares, além da concessão dos auxílios alimentação e saúde e do cumprimento da carga horária prevista em lei — o que, segundo ela, não vem sendo respeitado pela gestão.

“Nós temos aqui mais de 55 escolas. Queremos a lei do piso, reajuste de institucionário aos funcionários de escolas, o auxílio alimentação e auxílio saúde e cumprir o horário que esse município não cumpre”, disse ela.