Uma fatalidade comoveu os moradores de Cruzeiro do Sul, no Acre, na tarde deste sábado (19). A vítima, identificada como Jéssica Souza dos Santos, de 33 anos, bióloga e esposa de um policial militar, perdeu a vida de forma trágica ao ser atingida no pescoço por uma linha com cerol enquanto trafegava de motocicleta por uma ladeira no bairro João Alves.

De acordo com informações preliminares, Jéssica descia a ladeira da Rua do Purus, nas proximidades da Escola Dom Henrique Ruth, quando foi surpreendida pela linha cortante. O ferimento foi profundo e não permitiu qualquer chance de socorro: ela morreu ainda no local, antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A Polícia Militar foi acionada, isolou a área e comunicou o Instituto Médico Legal (IML) para a remoção do corpo e os procedimentos legais. A cena causou comoção entre os moradores da região, que acompanharam o trabalho das autoridades em clima de revolta e tristeza.

A tragédia reacende o debate sobre o uso do cerol, mistura ilegal e extremamente perigosa de cola com vidro moído, aplicada em linhas de pipa. Apesar de proibido por lei, seu uso continua sendo registrado, principalmente durante o período de férias escolares, causando acidentes graves e, como neste caso, fatais.

A morte de Jéssica gerou grande comoção nas redes sociais e provocou apelos por medidas mais rigorosas. Moradores cobram fiscalização efetiva, campanhas educativas e até a proibição total da prática de soltar pipas em áreas urbanas como forma de evitar novas tragédias.

Jéssica será lembrada pelo seu trabalho na área da biologia e pela dedicação à família. O velório e sepultamento devem ocorrer neste domingo (20), com local e horário a serem confirmados pela família.

A Polícia Civil deve instaurar inquérito para apurar as circunstâncias do acidente e identificar o responsável pela linha que tirou a vida da jovem.