Um acidente fatal ocorrido na tarde do último sábado (2), no Ramal do Milton, zona rural de Rio Branco, resultou na morte do colono Antônio de Nazaré da Conceição, de 27 anos.

Segundo relato do pai da vítima, Raimundo Nonato da Conceição, de 74 anos, Antônio havia ido à cidade logo nas primeiras horas da manhã para entregar um saco de farinha na casa da irmã. No retorno, colidiu frontalmente com outra motocicleta e morreu no local.

Antônio pilotava uma Honda Titan vermelha. A outra moto envolvida, uma Honda Bros também vermelha, pertencia à irmã de Adriel Ferreira de Souza, de 18 anos, que a conduzia no momento da colisão. Ele levava na garupa Ricardo de Oliveira, que afirmou que ambos se dirigiam à propriedade de um amigo para realizar reparos elétricos. 

Ao passar por uma curva, teriam sido surpreendidos pela motocicleta de Antônio, que seguia no sentido oposto. O impacto foi tão forte que o colono foi arremessado para fora da pista, caindo em uma área de mata e sofrendo graves ferimentos. Adriel e Ricardo tiveram apenas lesões leves.

A Polícia Militar foi acionada e uma guarnição do Batalhão de Trânsito isolou a área para o trabalho da perícia. Adriel informou que não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e que não usava capacete no momento do acidente.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou uma ambulância de suporte avançado ao local. A médica plantonista, Dra. Jéssica Costa, relatou dificuldade para encontrar o ponto exato da ocorrência, pois as primeiras informações indicavam outra localização. 

Ao chegar e avaliar a vítima, constatou que Antônio apresentava possíveis fraturas fechadas e trauma abdominal, já em óbito.

O Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) foi acionado, e a equipe do Instituto Médico Legal (IML) realizou os procedimentos de praxe. O perito criminal Harley Vilas Boas informou que a cena era complexa, mas havia indícios de que uma das motos invadiu a pista contrária, provocando a colisão.

Após a perícia, o corpo foi recolhido ao IML para exames cadavéricos. Adriel passou pelo teste do bafômetro, que deu negativo para álcool, mas, por não ser habilitado, foi conduzido à Delegacia Central de Flagrantes (Defa) para prestar esclarecimentos. O caso será investigado pela Polícia Civil.