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Profissionais contratados em caráter emergencial devem ser aproveitados pela saúde municipal, diz secretaria

Diante da crescente demanda da rede pública de saúde, agravada pelas síndromes respiratórias e agora pela seca extrema que atinge a capital acreana, profissionais contratados em caráter emergencial devem ser aproveitados em definitivo pelo município. A medida tem apoio de setores da saúde e pode ser reforçada com um possível decreto de emergência em saúde pública por parte do prefeito Sebastião Bocalom (PL).

Ao todo, 186 profissionais foram contratados inicialmente para atuar por três meses, com possibilidade de prorrogação por mais três, em contratos custeados por recursos federais, cuja continuidade depende da aprovação do próprio governo federal.

Embora a Prefeitura de Rio Branco já tenha efetivado mais de 200 profissionais na área da saúde, a rede se prepara para um período crítico, especialmente com o avanço da estiagem severa. A combinação entre ar seco, queimadas e aumento de casos respiratórios pode levar o sistema a uma situação de sobrecarga nos próximos meses.

Fontes da gestão municipal indicam que, mesmo com a estrutura reforçada, a permanência dos contratados emergenciais é estratégica. “A rede não está defasada, mas os desafios mudaram. A seca extrema traz riscos reais à saúde da população. Aproveitar esses profissionais é garantir uma resposta mais rápida e eficiente aos novos cenários de emergência”, afirma um técnico da secretaria.

O prefeito Sebastião Bocalom já decretou emergência por síndromes respiratórias, e deve estender a medida em razão da situação ambiental crítica, que tem impactos diretos nos serviços de saúde, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades.

O debate agora gira em torno da manutenção dos contratos emergenciais com respaldo federal, para que o município possa continuar atendendo à população de forma eficiente, sem comprometer a legalidade ou o equilíbrio fiscal da saúde pública.

Caso o decreto de emergência por seca seja oficializado nos próximos dias, a expectativa é que haja maior flexibilidade legal para contratação e permanência desses profissionais, além de abertura para novos recursos federais.