
Programa Meu Pai Tem Nome no Acre celebra histórias de amor e reconhecimento de vínculos familiares
Histórias de afeto e garantia de direitos marcaram o programa nacional para o reconhecimento de paternidade e maternidade, Meu Pai tem Nome, promovido no último sábado, 16, na Defensoria Pública do Acre (DPE/AC). O programa de iniciativa do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege), com atuação conjunta das Defensorias Públicas estaduais, foi realizado simultaneamente em todo o país.
No Acre, os atendimentos presenciais foram realizados nas cidades de Rio Branco, Cruzeiro do Sul e Brasiléia, e de forma virtual para os demais municípios. O programa realizado com o apoio do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Ministério Público do Acre (MPAC) e Cartórios, realizando inclusive audiências em tempo real, mobilizou mais de 120 profissionais numa força-tarefa organizada pelas Coordenações Cível e de Cidadania. Equipe da DPE/AC que atuou durante o programa Meu Pai tem Nome em Rio Branco.
A defensora pública-geral, Juliana Marques agradeceu as parcerias pelo êxito da ação no estado e ressaltou a importância do programa para a sociedade. “É uma imensa satisfação realizar a quarta edição do programa Meu Pai Tem Nome na Defensoria acreana. Mais do que números, celebramos histórias de vida transformadas. Esse sucesso só é possível graças às parcerias que fortalecem a Defensoria e ampliam o alcance do nosso trabalho, tanto no Acre quanto em todo o país”, afirmou.
Ao longo do dia, diversas famílias foram atendidas pelo programa, cada uma trazendo consigo histórias marcadas por afeto, superação e a busca por direitos. Os relatos emocionantes revelam como a iniciativa da Defensoria Pública transforma realidades, ao oficializar vínculos já existentes no coração e no cotidiano das pessoas, fortalecendo laços familiares e garantindo dignidade, cidadania e direitos.Bruno Fernando dos Santos e o pai José Carlos dos Santos durante ação promovida em Rio Branco.
Depois de sofrer um acidente de avião no Acre, Bruno Fernando dos Santos resolveu procurar o pai José Carlos dos Santos para regularizar a certidão. Foram mais de 30 anos de espera e neste sábado o momento foi de perdão e reencontro. “Eu sempre sofri por não ter o nome do meu pai, mas confesso que não procurei antes porque também tinha raiva. Mas depois que eu sofri um acidente aéreo gravíssimo, fiquei muito tempo no hospital e decidi que não podia morrer sem ter o nome do meu pai na certidão”, disse emocionado ao lado do pai.Nayana Lima, após o reconhecimento de maternidade socioafetiva do filho João Miguel.
Nayana Lima também foi uma das assistidas pelo programa e garantiu o reconhecimento como mãe socioafetiva do filho, João Miguel, e incentivou outras famílias a buscarem seus direitos. “Vale a pena procurar ajuda. Aconselho quem tem um filho do coração, assim como eu, a participar do projeto. Nada é mais importante do que ver o nosso nome na certidão da criança, oficializando o amor, o cuidado e o vínculo que já existem no dia a dia. Hoje sou oficialmente mãe dele e tenho em mãos a certidão de nascimento do meu filho com o meu nome”, declarou.Coordenador de Cidadania e do programa Meu Pai tem Nome no Acre, defensor público Celso Araújo.
“O Meu Pai tem Nome demonstra, na prática, o compromisso da Defensoria com a dignidade da pessoa humana. Mais do que um ato formal, cada certidão emitida representa o reconhecimento de vínculos afetivos e familiares que já existem na vida das pessoas. Essa iniciativa aproxima a população da justiça, fortalece o sentimento de pertencimento e reafirma que nenhum direito deve ser negado a quem busca proteção e reconhecimento”, ressaltou o Coordenador de Cidadania e do programa Meu Pai tem Nome no Acre, defensor público Celso Araújo. Autor: Felícia Lanay- DICOM