
Sendo senhor de si mesmo, Marcio Bittar recua e mantém indefinição sobre apoio ao governo em 2026
O senador Marcio Bittar (União Brasil) mais uma vez adota uma postura de “cautela” diante do cenário político que se desenha para as eleições de 2026 no Acre. A movimentação mais recente do parlamentar foi recuar no apoio declarado à vice-governadora Mailza Assis (PP), que trabalha seu nome como pré-candidata ao governo.
A atitude de Bittar não é inédita. Em pleitos anteriores, o senador já demonstrou preferência por manter sua autonomia até que as condições eleitorais lhe fossem mais favoráveis. É válido lembrar que esse tipo de comportamento estratégico busca preservar capital político e garantir maior margem de manobra nas negociações partidárias e de alianças, beneficiando apenas Bittar.
Outro ponto que deve pesar no cálculo de Bittar é a provável candidatura do atual prefeito de Rio Branco, Sebastião Bocalom (PL), ao governo do Estado. A saída de Sebastião Bocalom da prefeitura fragiliza o grupo político ligado ao senador, já que, sem o controle da capital, a transferência de votos e a articulação de apoios se tornam mais limitadas.
O recuo em relação a Mailza sinaliza que Bittar mantém as portas abertas tanto para reorganizar alianças quanto para avaliar a viabilidade de outros nomes no tabuleiro político, tornando-se inconfiável no contexto político. A movimentação indica, sobretudo, que o senador não pretende se comprometer de forma precoce.
Com a sucessão estadual em aberto e o xadrez político em constante transformação, a postura de Marcio Bittar revela que a disputa de 2026 será marcada por cálculos estratégicos, onde cada passo pode significar vantagem ou perda de influência no futuro.