
Subprocurador do TCU pede suspensão imediata de salários de Bolsonaro e militares condenados pelo STF
O subprocurador-geral junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, apresentou na última sexta-feira (12) uma representação solicitando a suspensão imediata da remuneração do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros militares condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo sobre a tentativa de golpe de Estado.
Na manifestação encaminhada ao tribunal, Furtado argumenta que não há justificativa para que os condenados sigam recebendo recursos públicos após decisão da mais alta corte do país. Para o subprocurador, a manutenção dos salários representa afronta ao princípio da moralidade administrativa e compromete a credibilidade das instituições.
A representação agora deve ser analisada pelo TCU, que poderá determinar medidas cautelares enquanto o caso tramita. Caso seja acolhido, o pedido pode resultar na suspensão dos vencimentos de Bolsonaro e dos militares envolvidos até que o mérito seja apreciado definitivamente.
O STF condenou os réus por participação e incentivo a atos voltados à tentativa de ruptura da ordem constitucional e do Estado Democrático de Direito. A decisão de Furtado adiciona um novo desdobramento jurídico e político ao processo, reacendendo o debate sobre a responsabilização de autoridades e militares que tiveram papel ativo nos acontecimentos investigados.