O Departamento de Guerra dos Estados Unidos passou a exigir que jornalistas credenciados submetam previamente à sua aprovação qualquer informação relacionada ao órgão, sob pena de perderem o acesso ao Pentágono. A medida, anunciada por meio de um memorando de 17 páginas, foi entregue na última sexta-feira (19), aos 90 profissionais que têm credencial ativa.

A regra também atinge informações obtidas a partir de fontes internas anônimas, mesmo que fora dos canais oficiais de comunicação, o que acende o alerta para possíveis limitações à liberdade de imprensa no país. Além disso, o documento determina novas restrições de circulação dentro do prédio, com a designação de amplas áreas consideradas de acesso proibido sem escolta.

As medidas vêm sendo interpretadas como mais um capítulo da tensão entre o governo Donald Trump e veículos de comunicação tradicionais. O presidente tem adotado postura crítica contra a imprensa, acusando-a de atuar de forma desfavorável à sua administração. 

Recentemente, Trump ingressou com ações judiciais contra o Wall Street Journal e o The New York Times e chegou a comemorar a suspensão do programa do apresentador Jimmy Kimmel, no canal ABC, após comentários políticos considerados polêmicos.

A medida deve gerar novos debates sobre transparência, direito à informação e os limites impostos ao trabalho da imprensa nos Estados Unidos.