
Smartphones e redes sociais alteram desenvolvimento de crianças e adolescentes, aponta estudo
Um estudo recente revelou que o uso precoce de smartphones e mídias sociais pode ter impactos profundos no desenvolvimento de crianças e adolescentes. A pesquisa chama a atenção para os ambientes digitais moldados por algoritmos, que influenciam não apenas a forma como jovens interagem entre si, mas também seu comportamento e perfil social.
Segundo os pesquisadores, os efeitos vão além da sociabilidade: há indícios de que crianças que começam a usar smartphones antes dos 13 anos apresentam maior probabilidade de enfrentar sérios problemas de saúde mental na transição para a vida adulta. Ansiedade, depressão e dificuldades de autoestima estão entre os riscos mais apontados.
Especialistas explicam que os algoritmos das plataformas digitais funcionam como “filtros invisíveis”, direcionando conteúdos que moldam interesses, opiniões e até mesmo a percepção que jovens têm de si mesmos. Esse processo, de acordo com a análise, pode reforçar padrões de comparação social e criar pressões difíceis de administrar em fases tão sensíveis do desenvolvimento humano.
A preocupação cresce porque o consumo de tecnologia e redes sociais ocorre cada vez mais cedo. A facilidade de acesso e o apelo dos dispositivos fazem com que muitas crianças passem horas conectadas, reduzindo o tempo de convivência familiar, lazer ao ar livre e interações presenciais — atividades fundamentais para a construção de habilidades emocionais e sociais.
Para especialistas em saúde mental, os dados reforçam a necessidade de discutir políticas públicas de conscientização e orientar pais e educadores sobre o uso saudável da tecnologia. “Não se trata de demonizar os celulares ou as redes sociais, mas de entender que há uma idade adequada e limites que precisam ser respeitados”, alerta o estudo.