O ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), entregou sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião no Palácio do Planalto nesta sexta-feira (26), devido ao rompimento do seu partido, o União Brasil, com o governo federal.

Apesar do pedido formal, a saída efetiva do ministro deverá se estender por mais alguns dias, e ainda não há um substituto definido para o cargo.

O ministro confirmou a entrega do pedido de desligamento, explicando que sua ação visa cumprir a decisão de sua sigla de abandonar a base de apoio do Executivo. Sabino já estava fragilizado no cargo desde que o União Brasil formalizou o desembarque na última semana.

Esse movimento do partido foi precipitado por reportagens que indicavam um suposto elo entre o presidente da legenda, Antonio Rueda, e aeronaves operadas por uma empresa associada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), acusações negadas por Rueda.

Apesar de ter oficializado o pedido de saída, Sabino reconheceu o desejo de permanecer à frente da pasta e afirmou que dialogará com as lideranças partidárias. A seu pedido, o presidente Lula solicitou que o ministro permaneça no cargo por mais uma semana para cumprir uma agenda em Belém (PA) na próxima quinta-feira (2/10), com o objetivo de acompanhar a entrega de obras relacionadas à COP30.

A saída de Sabino marca a 13ª troca de ministro no alto escalão desde o início do atual governo. A substituição anterior ocorreu no Ministério das Mulheres, com a saída de Cida Gonçalves e a entrada de Márcia Lopes.