Um levantamento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a desigualdade de gênero e raça ainda é uma realidade marcante no mercado de trabalho brasileiro. Mesmo com maior nível de escolaridade, as mulheres continuam sendo minoria entre os trabalhadores e recebem, em média, salários significativamente mais baixos que os homens.

Segundo o estudo, apenas 44,9% das mulheres com 14 anos ou mais estavam ocupadas no mercado de trabalho em 2022, contra 62,9% dos homens. Embora representem 52% da população total do país, as mulheres respondiam por apenas 43,6% da força de trabalho naquele ano.

A presença das mulheres supera a dos homens apenas em três dos dez grandes grupos ocupacionais: profissionais das ciências e intelectuais, trabalhadores de apoio administrativo, e trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados.

A presença das mulheres supera a dos homens apenas em três dos dez grandes grupos ocupacionais: profissionais das ciências e intelectuais, trabalhadores de apoio administrativo, e trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados.

Nos setores historicamente masculinos, como operadores de máquinas e equipamentos, membros das Forças Armadas, policiais e bombeiros militares, a participação feminina ainda é bastante reduzida.

A desigualdade salarial entre homens e mulheres persiste mesmo quando se leva em conta o nível de instrução. Em média, os homens receberam R$ 3.115 por mês em 2022, enquanto as mulheres ganharam R$ 2.506 — uma diferença de R$ 609.

A disparidade se acentua entre os trabalhadores com ensino superior completo. Homens com diploma universitário tiveram rendimento médio de R$ 7.347, enquanto as mulheres com o mesmo grau de escolaridade receberam cerca de 60% desse valor, R$ 4.591.

Mesmo assim, as mulheres apresentaram maior escolaridade: 28,9% delas concluíram o ensino superior, contra 17,3% dos homens.