A construção da Ponte Binacional, considerada a maior e mais relevante obra do terceiro mandato do presidente Lula em Rondônia, teve início na última sexta-feira (17), em Guajará-Mirim. O projeto foi apresentado em evento que contou com autoridades brasileiras e bolivianas, e a exibição de um vídeo institucional destacou os impactos econômicos e sociais da obra, incluindo a geração de até 5 mil empregos diretos e indiretos e aumento na arrecadação de impostos municipais. Ainda neste ano, a expectativa é que sejam gerados de 200 a 600 empregos diretos.

O evento contou com a presença do senador Confúcio Moura (MDB), que destacou sua atuação para incluir a obra no PAC 2023, além de autoridades como o prefeito de Guajará-Mirim, Fábio Netinho (Republicanos); o ex-senador Acir Gurgacz (PDT); o prefeito de Nova Mamoré; o governador do Beni (Bolívia); os prefeitos de Guayaramerin e Riberalta; as deputadas Dra. Taissa (PL) e Cláudia de Jesus (PT); e representantes do DNIT, incluindo Miguel de Souza.

Detalhes da Ponte Binacional

A ponte terá 1,22 km de extensão e 17,3 metros de largura, contemplando a obra de arte especial, acessos e complexos de fronteira, com investimento estimado em R$ 421 milhões e prazo de execução de 36 meses.

O acesso brasileiro será feito a partir da margem do Rio Mamoré, na cabeceira da ponte, até a rótula de interseção com a BR-425/RO, no km 142,7, com extensão aproximada de 3,7 km. O lado boliviano terá cerca de 6 km de extensão, sob responsabilidade das autoridades da Bolívia.

Impactos estratégicos e econômicos

Para o Brasil, a ponte representa a concretização do “Projeto Saída para o Pacífico”, permitindo que produtos brasileiros sejam exportados a partir de portos chilenos a custos mais competitivos, reduzindo despesas logísticas em relação aos portos nacionais.

Para a Bolívia, a obra consolida o Tratado de Petrópolis, garantindo acesso ao Atlântico via Porto Velho, capital de Rondônia.

Além do impacto econômico, a ponte terá relevância social e diplomática: promoverá a integração de comunidades fronteiriças, dinamizando o comércio local, gerando empregos e fortalecendo acordos bilaterais entre Brasil e Bolívia. Com informações Rondônia Ao Vivo.