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Por trás das cortinas, parlamentares do Acre se calam após bebê quase ser enterrado vivo; estariam eles esperando um palco e câmeras para se posicionar?

Por trás das cortinas, o silêncio dos parlamentares do Acre diante do caso do bebê que quase foi enterrado vivo em Rio Branco é ensurdecedor. Um episódio que choca, comove e indigna, mas que parece não ter provocado nem sequer um sussurro entre aqueles que deveriam ser os primeiros a cobrar respostas e responsabilidades.

A pergunta que não quer calar é: estariam eles esperando um palco para poder se posicionar?

Vivemos em um estado onde, infelizmente, grande parte da classe política parece depender mais de holofotes do que de resolutividade. Falta ação, sobra encenação. A política, que deveria ser instrumento de transformação e serviço público, tem sido tratada por muitos como um espetáculo, e o povo, reduzido a plateia.

A maioria dos nossos representantes só fala quando há câmeras ligadas, só aparece quando há microfones posicionados, só demonstra “indignação” quando isso rende engajamento. O problema é que a realidade não se muda com postagens ou discursos ensaiados, mas com atitude, cobrança e compromisso real com quem mais precisa.

Enquanto isso, um bebê, símbolo da vulnerabilidade máxima da vida, perdeu a chance de viver, e o silêncio de quem deveria reagir diz muito.

Fica o questionamento: os parlamentares do Acre, sejam estaduais, federais ou municipais, estão esperando um palco, um púlpito, um microfone e câmeras apontadas para que possam dar o seu show, fingindo que se importam? Ou vão, finalmente, descer do pedestal da autopromoção e agir como verdadeiros representantes do povo? Por trás das cortinas, o que fica é o oportunismo.