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Saúde do Acre está à beira de um colapso por excesso de pacientes vindos do sul do Amazonas em busca de atendimento em Rio Branco

A rede pública de saúde do Acre enfrenta uma crescente sobrecarga devido ao grande número de pacientes vindos do sul do Amazonas em busca de atendimento médico. Cidades como Pauiní, Guajará, Boca do Acre, Envira e outras da região têm encaminhado seus moradores diretamente para Rio Branco, em busca de um atendimento mais rápido e de maior qualidade.

Embora essa movimentação seja legítima, já que o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o direito de atendimento a todos os brasileiros em qualquer ponto do território nacional, o fluxo intenso tem gerado sérias consequências para o sistema acreano.

Com o aumento das demandas vindas de fora, a estrutura estadual acaba ficando sobrecarregada, o que reduz a qualidade dos atendimentos à população local, justamente aquela que mantém o estado por meio dos impostos e depende integralmente dos serviços públicos. Além disso, o excesso de pacientes causa o esgotamento dos profissionais de saúde e o desgaste de todo o sistema hospitalar.

No fim, quando os atendimentos atrasam ou não ocorrem como esperado, a culpa costuma recair sobre o Estado, sem que se leve em conta o peso adicional que vem sendo suportado pela rede de saúde do Acre.

A situação exige um diálogo mais firme entre os governos estaduais e municipais da região amazônica, para que o atendimento em saúde seja distribuído de forma mais equilibrada e justa.