O café continua sendo uma das bebidas não alcoólicas mais consumidas pelos brasileiros, presente em mais de 79% dos lares, segundo dados da plataforma Statista. Símbolo de hospitalidade e parte da rotina nacional, o tradicional “cafezinho” é mais do que um hábito: é uma herança cultural que atravessa gerações.

O Brasil, além de ser o maior produtor mundial, registra também um consumo interno expressivo, cerca de 21,9 milhões de sacas de 60 quilos no período de novembro de 2023 a outubro de 2024, conforme levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A região Sudeste concentra 41,7% do consumo nacional, enquanto o Norte, onde está o Acre, representa aproximadamente 8,8%.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo per capita no país é de 5,01 quilos por habitante ao ano. O público adulto é o que mais consome, enquanto a chamada Geração Z (nascidos entre 1995 e 2012) apresenta menor adesão, de acordo com dados da Statista.

Além do sabor e da tradição, a ciência também reconhece os benefícios do café para a saúde. Pesquisas publicadas em revistas internacionais e revisadas por instituições como a Harvard Health Publishing e o National Institutes of Health (NIH) indicam que o consumo moderado, de três a quatro xícaras por dia pode:

Melhorar a concentração e o desempenho cognitivo; Reduzir o risco de doenças como diabetes tipo 2, Parkinson e Alzheimer; Oferecer proteção cardiovascular e benefícios ao fígado; Contribuir para menor mortalidade geral em populações que consomem regularmente.

Especialistas alertam, no entanto, que o consumo excessivo pode causar insônia, ansiedade e aumento da pressão arterial. Grávidas e pessoas sensíveis à cafeína devem manter moderação.

Com sabor, tradição e benefícios comprovados, o café reforça sua posição de destaque no cotidiano do brasileiro, seja no início do expediente, nas pausas de trabalho ou nas conversas que movem o país.