Durante a cerimônia de abertura da COP30, realizada nesta segunda-feira em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso firme em defesa da ação climática e contra a desinformação ambiental. Em tom enérgico, Lula afirmou que “é momento de impor uma nova derrota aos negacionistas”, ao criticar movimentos e governos que ainda colocam em dúvida a urgência da crise climática.

O presidente destacou a necessidade de acelerar a implementação de medidas concretas para conter o aquecimento global, alertando que o planeta “caminha para um aumento superior a 1,5°C na temperatura média”, limite estabelecido pelo Acordo de Paris para evitar impactos irreversíveis.

Lula defendeu que a COP30, primeira conferência climática da ONU sediada na Amazônia, seja um marco de retomada dos compromissos internacionais com a sustentabilidade. “Esta conferência deve representar o reencontro do mundo com a responsabilidade climática e com a esperança. A Amazônia é símbolo de vida e equilíbrio. É daqui que precisa partir o novo pacto verde global”, afirmou.

Em seu discurso, o presidente também lembrou a Rio-92, evento que deu origem à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), chamando a COP30 de “um retorno à terra natal da Convenção do Clima”. Segundo Lula, o Brasil tem a missão de liderar o diálogo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para garantir justiça climática e financiamento às transições sustentáveis.

A abertura da COP30 contou com a presença de chefes de Estado, líderes indígenas, cientistas e representantes da sociedade civil. O evento, que se estende por duas semanas, deverá definir novas metas de redução de emissões e acordos de cooperação para preservação das florestas tropicais e transição energética.