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Futebol de várzea segue esquecido pelo poder público e vira palco de promessas em época de eleição no Acre

O futebol de várzea, considerado o coração do esporte acreano, continua sendo mantido apenas pela força das comunidades. Em campos de terra e gramados improvisados, jogadores e dirigentes seguem lutando para manter viva a paixão pelo futebol, mesmo sem o apoio efetivo do poder público.

Nos bairros e ramais, os torneios de várzea são realizados com o esforço dos próprios atletas e moradores. Uniformes são comprados com vaquinhas, troféus são doados por comerciantes locais e a manutenção dos campos é feita de forma voluntária. Ainda assim, é nas comunidades que o futebol mais movimenta pessoas e gera integração social.

Apesar disso, a ajuda governamental é quase inexistente durante a maior parte do ano.

“O poder público só aparece quando chega a época de eleição. Prometem bolas, uniformes, melhorias nos campos, mas depois das urnas fechadas tudo volta a ser esquecido”, relatou um dirigente de equipe amadora.

De acordo com organizadores locais, o futebol comunitário se torna um alvo constante de promessas políticas, mas o apoio real e contínuo nunca chega. A falta de investimentos e estrutura faz com que muitos times desapareçam e campeonatos sejam cancelados por falta de condições mínimas.

Enquanto o investimento não vem, o futebol de várzea segue sendo o verdadeiro responsável por movimentar o esporte no Acre. São centenas de jogos realizados todos os meses, atraindo público, gerando renda e mantendo jovens longe da criminalidade.

Mesmo esquecido pelo poder público, o futebol de várzea acreano continua sendo o espaço onde o esporte mostra sua essência: paixão, união e resistência.