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Homem expulso de voo da Gol diz ter sido humilhado ao trocar de cadeira, mesmo tendo escolhido com antecedência por causa de problema na coluna e para levar o seu cachorro

O acreano Vanderson do Ó relatou ter vivido momentos de constrangimento e desrespeito em um voo da Gol na noite do último sábado (15), em Brasília, quando retornava ao Acre, após um impasse envolvendo a reserva do assento e o embarque de seu animal de estimação. Ele afirma que a própria companhia teria cometido sucessivas falhas até culminar na ordem de retirada, supostamente acompanhada da ameaça de chamar a Polícia Federal.

O homem, natural de Tarauacá e morador de São Paulo há nove anos, viajava para o Acre para visitar a família. Segundo contou, a situação começou ainda no embarque, ao descobrir que sua reserva – confirmada horas antes por e-mail – havia “caído” no sistema. Ele relata que, após insistência, um funcionário reativou a reserva via rádio e autorizou que ele seguisse para o avião.

Dentro da aeronave, o passageiro diz que enfrentou um novo problema: o assento que constava em seu check-in, o 8F, já estava ocupado. O local havia sido escolhido por oferecer mais espaço, necessidade que ele afirma ter por conta de problemas de coluna e também para acomodar o transporte de seu pet.

Uma comissária verificou a situação, conversou com a passageira que ocupava o assento e acionou a controladora de voo. Segundo o relato, a funcionária informou que o homem deveria se deslocar para o assento 23F, localizado no fundo da aeronave. Ele questionou a mudança, afirmando que havia pago por um assento dianteiro com mais espaço, mas recebeu a resposta de que aquela seria a única alternativa.

De acordo com a versão do passageiro, a situação escalou quando outra funcionária, que aparece em vídeos, afirmou que chamaria a Polícia Federal caso ele não se dirigisse ao novo assento.

“Me respeite senhora, eu nao errei em nada, vocês me trocaram de lugar 4 x e
Eu que sou o errado? Vou me dirigir até o assento 23F não por medo de seus abusos nem de policia, pois não sou bandido, e sim por precisar chegar hoje em Rio Branco”, disse o homem.

O passageiro afirma que aceitou ir para o assento no fundo da aeronave apenas para evitar que o voo fosse cancelado, mas garante que irá buscar reparação judicial.

Além do transtorno dentro da aeronave, o homem afirmou ainda que suas cinco malas não foram enviadas no voo. Ele diz ter ido duas vezes ao aeroporto de Rio Branco no último domingo (16), sem que nenhuma bagagem tenha sido entregue até o momento.

O caso ocorre em meio a uma série de recentes polêmicas envolvendo voos da Gol no Acre. Nas últimas semanas, passageiros relataram cancelamentos, atrasos, mudanças de rota e até retornos inesperados a Brasília por impossibilidade de pouso.