Jornalista relembra o início das investigações do caso Richthofen: “O ponto zero de tudo”
Mais de vinte anos após um dos crimes mais emblemáticos do Brasil, o jornalista Valmir Salaro, conhecido por cobrir casos que marcaram o país e que acompanhou o episódio desde o primeiro instante, relembra como começaram as investigações do assassinato do casal Richthofen que até hoje impressiona os brasileiros. Em uma época em que ainda não havia séries, documentários, livros ou debates intermináveis sobre o assunto, existia apenas uma cena silenciosa e muitas dúvidas no ar.
Segundo o jornalista, o dia 1º de novembro de 2002 marcou o primeiro contato da imprensa com o crime. Ele esteve na residência da família um dia após o ocorrido, quando ainda não existiam teorias, manchetes ou versões contraditórias. “Nada tinha nome ainda. Era apenas a morte de um casal e muitas perguntas no ar”, disse.
A partir dali, começaria uma investigação que mobilizou o Brasil. Cada detalhe, contradição e reviravolta da história passou diante dos olhos do profissional, que acompanhou de perto o desenrolar dos fatos. “Hoje, quando todo mundo já sabe o desfecho, é fácil esquecer como tudo começou”, afirma.
O registro divulgado pelo jornalista remete justamente a esse momento inicial — o “ponto zero” de uma narrativa que, com o tempo, se tornaria um dos episódios policiais mais discutidos do país.