O ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão por participação em um estupro coletivo em 2013, na Itália, foi transferido da Penitenciária 2 de Tremembé para o Centro de Ressocialização de Limeira, no interior de São Paulo. A Secretaria de Administração Penitenciária confirmou a mudança, que ocorreu a pedido da defesa. A representação do ex-atleta não se manifestou sobre os motivos do deslocamento.

A transferência marca mais uma etapa do cumprimento da pena do ex-atacante, que se tornou um dos casos mais emblemáticos de queda no futebol brasileiro. Tremembé, unidade conhecida nacionalmente por abrigar presos de grande repercussão midiática, já havia sido o destino de Robinho desde o início da execução da condenação no Brasil. Agora, em Limeira, o ex-jogador será submetido à rotina do Centro de Ressocialização, que dispõe de regras específicas e maior controle de movimentação.

A condenação de Robinho ganhou força após a Justiça italiana divulgar interceptações telefônicas utilizadas no processo, nas quais os envolvidos demonstravam desprezo pelo sofrimento da vítima. O caso repercutiu mundialmente, gerou indignação pública e encerrou qualquer perspectiva de continuidade da carreira do ex-atleta.

A mudança de unidade não altera o cenário jurídico de Robinho, que permanece em regime fechado e sem previsão de obter benefícios no curto prazo. O nome que um dia ocupou manchetes esportivas agora aparece apenas em páginas criminais.

Curiosidade futebolística

Robinho foi revelado pelo Santos como uma das maiores promessas do futebol brasileiro no início dos anos 2000. Em 2002, aos 18 anos, comandou uma geração histórica que conquistou o Campeonato Brasileiro e devolveu o clube ao protagonismo nacional. Sua carreira o levou ao Real Madrid, Manchester City, Milan e seleção brasileira, onde acumulou títulos e fama. Hoje, porém, o contraste entre o auge esportivo e a realidade dentro do sistema prisional evidencia uma das quedas mais drásticas já vistas no esporte brasileiro.