O sistema de pagamentos instantâneos Pix passa a contar, a partir de hoje, com um novo mecanismo de devolução destinado a reforçar a proteção de usuários vítimas de fraudes. A principal novidade é a possibilidade de recuperar valores mesmo depois de eles terem sido transferidos para outras contas, algo que antes dificultava e, muitas vezes, inviabilizava a recuperação do dinheiro.

Até então, a devolução dependia majoritariamente da ação rápida da instituição que recebeu o valor e da identificação imediata da suspeita de fraude. Entretanto, casos em que o criminoso realizava transferências em sequência para outras contas – prática comum em golpes conhecidos como “lavagem em cadeia” – tornavam o rastreamento mais complexo. O novo mecanismo vem justamente para atuar nesses cenários, ampliando o alcance das investigações e das solicitações de estorno.

Segundo as informações divulgadas, o recurso permitirá que instituições financeiras acionem um procedimento mais robusto de bloqueio e análise, viabilizando a devolução mesmo quando o dinheiro já não está mais na primeira conta que recebeu o Pix fraudulento. A medida aumenta a chance de recuperação dos valores e busca reduzir prejuízos sofridos por consumidores.