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Eleição no MPAC vira campo de batalha: corregedora é escolhida sob acusações de viés ideológico

A procuradora Patrícia Rego foi eleita a nova corregedora-geral do Ministério Público do Acre (MPAC) nesta terça-feira, 2 de dezembro, em uma votação interna marcada por um embate frontal de ideologias.

O processo, realizado entre os membros da instituição, foi eclipsado pela oposição pública da promotora Alessandra Garcias Marques, que quebrou o protocolo ao justificar veementemente seu voto contra a eleita.

O inusitado discurso de Alessandra Marques revelou uma profunda fissura política interna no MPAC.

A promotora acusou abertamente um risco de atuação “ideológica muito explícita” na corregedoria, usando a tribuna para advertir que a eleição poderia sinalizar um “retorno numa nova versão” de cenários “prejudiciais” vivenciados por ela e outros colegas na história recente da instituição.

Marques fez questão de frisar que sua abstenção não era por inimizade pessoal, mas sim por uma profunda desconfiança na atuação futura do órgão sob a gestão de Rego.

Ela chegou a declarar que, apesar de Patrícia Rego ter posições “muito concretas”, esperava, em um tom de cobrança, que tais visões fossem silenciadas em prol da neutralidade exigida pelo cargo institucional.