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Família aponta contradições em caso de jovem encontrado morto em quintal de vizinho no interior do Acre

A morte do estudante de Medicina Gabriel Lourenzo, 22, ocorrida no último dia 2 de novembro em Porto Acre, continua envolta em questionamentos e tem mobilizado a família por esclarecimentos. O jovem foi encontrado sem vida no quintal de uma propriedade vizinha, após sofrer uma descarga elétrica, com um fio enrolado no pescoço e o celular abaixo do corpo. 

Para a família, diversos pontos da ocorrência não foram esclarecidos e indicam contradições nas versões apresentadas pelo dono da propriedade onde o corpo foi achado.

De acordo com os familiares, Gabriel desapareceu por volta das 19h daquele dia, quando deixou de ser visto pela família. A notícia do desaparecimento mobilizou todos imediatamente. Uma pessoa da família do estudante teria iniciado as buscas quase no mesmo momento, e até chegado a entrar no terreno do vizinho, onde o corpo seria encontrado mais tarde.

Mesmo com buscas constantes, o estudante não foi encontrado. Os familiares dizem que o local exato onde Gabriel apareceu posteriormente já havia sido checado diversas vezes. Eles afirmam que, naquele momento, não havia qualquer sinal do jovem na área.

Quando a família foi informada sobre a localização do corpo, equipes do Corpo de Bombeiros já realizavam os primeiros atendimentos. No local, os militares alertaram que ainda havia energia no corpo do estudante, o que impediu o contato físico da mãe em estado de desespero.

Pouco depois, amigos do vizinho chegaram à residência, entre eles um conhecido da família, que afirmou ter sido chamado ao local após a descoberta do corpo. A família relata que, a partir daí, as versões sobre o ocorrido começaram a divergir.

Após a retirada do corpo pela Polícia Civil, os familiares seguiram para a chácara da tia, sem saber quais medidas tomar naquele momento. Segundo eles, só depois foram orientados de que poderiam registrar uma denúncia, já que a cerca elétrica instalada no terreno apresentava irregularidades e representava alto risco.

Os familiares afirmam ainda que o vizinho apresentou versões diferentes após a morte do estudante e que passou a evitar o próprio terreno nos dias seguintes, o que reforçou as suspeitas.

Enquanto aguardam o avanço das investigações, a família de Gabriel Lourenzo cobra transparência e rigor da polícia para esclarecer os fatos que cercam a morte do jovem estudante.