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Ativista dos direitos humanos Germano Marino confronta procuradora Alessandra Marques ao sair em defesa de Patrícia Rêgo

O ativista dos direitos humanos Germano Marino publicou esta semana um texto nas redes sociais em defesa da procuradora de Justiça Patrícia de Amorim Rêgo, recém-eleita corregedora-geral do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) para o biênio 2026–2028. A manifestação ocorre após declarações críticas feitas pela procuradora de Justiça Alessandra Garcia Marques sobre a atuação de Rêgo dentro da instituição.

Na publicação, Germano afirma que o episódio representa “um momento triste e lamentável para a carreira da Justiça no Acre”. Para ele, o fato de uma procuradora atacar outra por supostas “posições ideológicas” ultrapassa os limites do bom senso e revela resistência à atuação de uma Corregedoria forte e imparcial.

No texto, Germano Marino declara que Alessandra Marques já teria sido alvo de sanções e transgressões internas, além de figurar em episódios polêmicos que, segundo ele, são de conhecimento público. Ele também divulgou prints de documentos, postagens e matérias relacionadas à procuradora.

A reportagem destaca que essas afirmações são de responsabilidade do ativista. Até o momento, a procuradora Alessandra Marques não se manifestou publicamente sobre os apontamentos recentes feitos por Marino.

O ativista afirma ainda que já denunciou à Corregedoria do MPAC supostos atos discriminatórios e racistas atribuídos à procuradora e dirigidos a ele e a integrantes de religiões de matriz africana. Segundo ele, essas experiências o motivaram a reagir de forma firme à defesa de Patrícia Rêgo.

Marino dedica grande parte da publicação a enaltecer a carreira de Patrícia Rêgo, que possui mais de três décadas de atuação no Ministério Público. Ela já foi procuradora-geral de Justiça e é reconhecida nacionalmente por trabalhos nas áreas ambiental, de proteção a mulheres em situação de violência, crianças, idosos, dependentes químicos e defesa da população LGBTQIA+.

Ele também cita o trabalho da procuradora em unidades como o Centro de Atendimento à Vítima (CAV) e o Natera, projetos que oferecem suporte e acolhimento a pessoas em vulnerabilidade. Para o ativista, Rêgo simboliza “uma Justiça firme, humana, técnica e comprometida com a igualdade”.

Germano classificou o episódio como um “vexame institucional” e lamentou a falta de solidariedade entre colegas dentro do Ministério Público. Ele questionou como alguém com histórico de punições poderia tentar colocar em dúvida a integridade profissional de Patrícia Rêgo, cuja carreira, segundo afirma, é marcada por reconhecimento e respeito nacional.

No encerramento do texto, o ativista dos direitos humanos pede desculpas públicas à corregedora eleita e reafirma seu apoio à sua trajetória, citando o compromisso com ética, dignidade e justiça que, segundo ele, Patrícia Rêgo representa.