Uma ex-repórter da TV Rio Branco revelou ter sido assediada sexualmente por um colaborador da emissora. A pedido da direção, ela foi retirada do programa que apresentava e manteve-se apenas como funcionária da emissora. Por não aceitar a situação, decidiu deixar a empresa e formalizar a denúncia.

A profissional relatou que o assédio começou no início de sua carreira na emissora e se estendeu por meses, com mensagens de cunho sexual enviadas pelo colaborador, convites para encontros em motéis e até propostas de pagamento para manter relações íntimas.

Segundo a repórter, ela tentou se esquivar das investidas, mas o suspeito passou a prejudicá-la profissionalmente, afastando-a de pautas e alterando funções dentro da emissora. “Ele até me tirou das minhas funções, botou outra menina, eu disse que ia sair, ele pediu desculpa. E voltou novamente no começo do ano”, contou.

A jornalista registrou boletim de ocorrência e uma ata em cartório, além de reunir conversas, prints e gravações. Mesmo assim, após um período de férias oferecido pela direção, ela permaneceu fora da direção do programa e continuou em cargo inferior, sem explicações claras sobre a decisão por parte do setor de Recursos Humanos.

O caso agora segue na esfera judicial. A advogada da repórter entrou com um processo contra o colaborador e a emissora, argumentando que a TV Rio Branco tinha responsabilidade sobre a segurança e integridade da funcionária, já que os episódios de assédio ocorreram dentro do ambiente de trabalho.