O governo federal negou, nesta semana, que tenha vetado ou barrado a realização de um show do cantor Zezé Di Camargo em Marabá (PA), previsto para a programação de Réveillon da cidade. A resposta veio após o prefeito do município, Toni Cunha (PL), acusar o Executivo de perseguição política contra o artista.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito afirmou que uma verba da União, que seria destinada ao custeio do show, teria sido cancelada por motivações ideológicas, o que inviabilizaria a apresentação do sertanejo.

Em nota oficial, o Ministério do Turismo rebateu as declarações e esclareceu que não houve veto ao evento. Segundo a pasta, a proposta no valor de R$ 1,3 milhão foi empenhada e está em análise desde o mês de outubro, mas o processo ainda não avançou para a assinatura do contrato devido à ausência de documentação necessária por parte da prefeitura.

De acordo com o ministério, a liberação dos recursos depende do cumprimento de exigências técnicas e administrativas, comuns a convênios desse tipo, e não envolve qualquer critério político ou ideológico.

O episódio gerou repercussão nas redes sociais e reacendeu o debate sobre o uso político de recursos públicos para eventos culturais. Até o momento, a prefeitura de Marabá não informou se já encaminhou a documentação pendente exigida pelo governo federal.