Lei estadual no Acre proíbe fogos com estampido e muda a forma de celebrar o Ano Novo
A tradicional queima de fogos barulhentos, por décadas símbolo da virada do ano, vem perdendo espaço em diversas cidades brasileiras. Em nome da inclusão, do bem-estar animal e da saúde pública, cresce o número de municípios e estados que adotam eventos sem fogos com estampido, apostando em alternativas visuais menos agressivas para marcar a chegada do Ano Novo.
A mudança atende a demandas antigas de famílias com crianças autistas, pessoas com hipersensibilidade auditiva, idosos, além de protetores de animais. O barulho intenso provocado por rojões e explosões é apontado por especialistas como fator de estresse, crises de ansiedade, desorientação e até riscos físicos para pets e pessoas vulneráveis.
No Acre, o debate avançou para o campo legal. Está em vigor no estado uma lei de autoria do deputado estadual Pedro Longo que proíbe o uso e a comercialização de fogos de artifício com estampido. A legislação permite apenas fogos de efeito visual, sem ruído, e tem como objetivo garantir uma convivência mais segura e inclusiva durante comemorações públicas e privadas, incluindo o Réveillon.