Taxação chinesa sobre carne bovina não preocupa Brasil, diz ministro Carlos Fávaro
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (31) que a taxação aplicada pela China à carne bovina não representa, neste momento, uma grande preocupação para o Brasil. Segundo ele, a medida já vinha sendo anunciada pelo governo chinês e tem como principal justificativa a proteção dos produtores locais.
De acordo com Fávaro, o Brasil está relativamente bem preparado para enfrentar esse tipo de cenário, especialmente por conta da abertura de novos mercados internacionais nos últimos anos. Ele destacou que, no atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cerca de 20 novos mercados foram abertos para a carne bovina brasileira, além da ampliação de outros que já estavam em funcionamento.
“Neste governo do presidente Lula, abrimos 20 mercados para a carne bovina por todo o mundo, mais ampliações de mercados que já eram abertos”, ressaltou o ministro.
O titular da pasta explicou ainda que o governo chinês realizou um cálculo com base nos últimos três anos, considerando dados a partir de junho de 2024, para definir uma média de exportações por país. A partir desse levantamento, foram estabelecidas cotas de exportação com tarifas específicas.
Nesse contexto, o Brasil ficou com uma cota de 1,1 milhão de toneladas, volume que corresponde a cerca de 44% do total a ser exportado dentro das tarifas atuais.
O ministro também afirmou que o governo brasileiro pretende negociar com a China para que, caso outros países não consigam cumprir suas cotas estabelecidas, esses volumes possam ser redistribuídos ao Brasil, ampliando assim as exportações nacionais.
A avaliação do governo é de que a diversificação de mercados e o fortalecimento da presença internacional do agronegócio brasileiro ajudam a reduzir impactos de medidas tarifárias e reforçam a posição do Brasil como um dos principais exportadores de carne bovina do mundo.