Bem me quer, mal me quer?
Após ser enxotado do Partido Progressistas (PP), o atual prefeito de Rio Branco colhe os louros do famoso ditado popular “Tudo o que vai, volta”. E desta vez voltou com o PP curvando-se a Sebastião Bocalom, esboçando total ausência de sapiência. Vejam só, qual o sentido em expulsar um pré-candidato que seria o representante natural da sigla, para depois dar secretarias, criar cargos e aceitar condições para que este regressasse? Para uma criança, 2 + 2 obviamente é 4.
Querido diário
No último dia 25 de maio Socorro Neri deve ter sentado em uma de suas cadeiras acolchoadas, tomando um chá para se aquecer após o começo do frio polar em Rio Branco, e em seu diário escrito “Hoje é o começo de um grande ‘Eu avise’, e deste modo sento para ver uma história se repetir, a minha, só que com outros personagens.” Em 2020 Socorro Neri foi candidata à reeleição como prefeita de Rio Branco, e tinha o apoio do governador Gladson Cameli, e mesmo assim não logrou êxito. As pessoas já sabem quem elas não querem, e não adianta forçar. A impopularidade do atual prefeito só cresce, e cego é quem se recusa a ver.
Popularidade intransferível
O governador Gladson Cameli é sem dúvidas um dos líderes mais populistas que o Acre já viu. Sorridente e sempre carismático, o gestor estadual deve, caso candidato em 2026, ser eleito senador pela segunda vez. No entanto, de muitas das habilidades que Cameli possui, uma delas não é a transferência de popularidade. Os votos do Gladson, são dele e de mais ninguém. A prova disto é o último pleito municipal, onde mesmo com o apoio do governo, Socorro Neri perdeu as eleições para Sebastião Bocalom. Como o príncipe do Juruá Gladson tem voz e vez, mas o amor do povo por ele, é só pra ele, e mais ninguém.
Recalculando a rota
Após circular que Jenilson Leite poderia ser o vice de Marcus Alexandre, o sagazes “Cabeças Brancas” do MDB recalcularam a rota e soltaram, por trás das cortinas, que uma evangélica poderia ser o segundo nome em uma chapa com o “Chame, Chame”. O fato é que um personagem político que coadune com a direita, é o mais apropriado para que Marcus tenha reais chances de levar as eleições deste ano. O misto quente só acontece quando há a junção do queijo com o presunto. Dois ingredientes iguais, ou semelhantes, formam uma refeição sem distinção de sabores. Um prato até sem sal.
Se o silêncio é de ouro, a palavra é de prata?
O senador Alan Rick, que alguns acreditam ser o próximo governador do Acre, tem usado do silêncio quando o assunto é o apoio do seu União Brasil a Sebastião Bocalom. Por trás das cortinas, corre a informação que os planos de Rick eram outros, e que o apoio seria para outro candidato. Vale ressaltar que há pouco tempo, circulou um vídeo nas redes sociais onde o atual prefeito atacava o parlamentar, dizendo inclusive que este coadunava com a esquerda. Orgulhoso e um tanto quanto rancoroso, Alan não deve ter esquecido, e para não gerar atrito com o partido, faz do silêncio a sua morada.
O representante
Tanízio Sá é de longe o maior representante que Manoel Urbano poderia ter na Assembleia Legislativa. Sá foi durante muitos anos prefeito do município que por muitos é desconhecido, mas que é rico de várias formas que em um texto, não cabe. Tanízio, enquanto deputado, é chamado até hoje para concorrer novamente e voltar à prefeitura do município, no entanto, tudo indica que o parlamentar apoie Toscano e companhia, não ficando ao lado de Macarrão, outro pré-candidato à prefeitura. Tanízio é o único nome que nunca pareceu ser parte de um buffet.
Sem viga
Viga é uma estrutura reta e horizontal usada para fornecer sustentação. Se trouxermos para à política, podemos dizer que esta seria uma base de apoio que faz a diferença, no entanto, no cenário local, Chico Viga segue com um mandato fraco e inexpressivo, não sendo efetivamente útil em absolutamente nada para à população que o elegeu. Enquanto deputado, a única coisa que Viga fez que pode ser motivo de aplauso é o PL 99/2019, que prevê a obrigatoriedade de incluir absorventes femininos aos itens de higiene das unidades de ensino. O deputado poderia ser chamado de Chico e Chico, porque a Viga está em falta.
Samu do asfalto
O pré-candidato a vereador pelo PRD, Neto Fernandes, tem virado assunto comentado em Rio Branco após criar o projeto “Samu do Asfalto”. O empresário, ao entender que a maior deficiência dos rio-branquenses é o excesso de buracos nas ruas, decidiu começar a fazer a manutenção das vias públicas por conta. Usando os próprios recursos. Inovador e didático, Neto sem ter mandato está ensinando que coisas boas podem ser feitas, desde que assim queiram. Fernandes tem muito a ensinar para alguns vereadores que passaram os últimos anos em uma síndrome da “Bela adormecida”.
Dobradinha, o prato baiano
O prato típico da Bahia, a Dobradinha, é uma refeição feita à base de feijão branco, buxo, costelinha de porco defumada, bacon, calabresa e mais algumas especiarias. Na política, a dobradinha é quando uma figura nomeia alguém em um espaço de seu controle, e depois cobra de outros envolvidos o dobro em algum outro local. Corre à boca miúda que um certo vereador acreano teria feito isso para acolher alguns investigados de uma famosa operação. Quem são? Por que lá estão? Quem é o vereador? Em breve todos vão saber.
Em boas mãos
Fagner Calegário é o parlamentar que os terceirizados escolheram para chamar de seu. Fazendo frente contra todas as injustiças que a classe sofre, o deputado se destaca pelo trabalho em prol de um grupo de servidores que rotineiramente é desvalorizado e desrespeitado. Ao se colocar na frente desta classe, se fazendo de escudo e broquel, o deputado vem se consolidando como um dos mais atuantes do atual parlamento estadual, e deve subir voos bem mais longos.