Nesta terça-feira (6), comemora-se o dia que marcou o início da Revolução Acreana. Entre 6 de agosto de 1902 e 24 de janeiro de 1903, a Revolução Acreana marcou a história do Brasil e da Bolívia com um conflito motivado pelo controle das riquezas advindas da extração da borracha.
Esse episódio, que durou pouco menos de seis meses, destacou-se pela intensa disputa territorial e econômica na região do Acre, então sob domínio boliviano, mas amplamente habitada por seringueiros brasileiros.
A tensão culminou em 6 de agosto de 1902, quando os brasileiros, liderados por Plácido de Castro, iniciaram uma revolta armada contra as autoridades bolivianas. Os seringueiros, motivados pela defesa de seus interesses econômicos e sociais, organizaram uma força militar improvisada, mas determinada, que confrontou as tropas bolivianas.
Ao longo dos meses, os combates se intensificaram, com os insurgentes brasileiros conquistando importantes posições e cidades. A resistência boliviana, embora bem equipada, foi insuficiente para conter o avanço dos seringueiros, que contavam com o apoio logístico e moral da população local.
A Revolução Acreana teve um desfecho decisivo em 24 de janeiro de 1903, quando as forças revolucionárias triunfaram, levando à assinatura do Tratado de Petrópolis em novembro do mesmo ano.
Pelo acordo, o Brasil adquiriu o território do Acre, comprometendo-se a pagar uma indenização à Bolívia e a construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, facilitando o acesso boliviano ao Atlântico.
Esse conflito, embora relativamente breve, teve um impacto duradouro na configuração territorial e política da região amazônica. A Revolução Acreana simboliza a determinação e a luta dos seringueiros brasileiros pelo controle das riquezas naturais, consolidando a presença do Brasil na região e assegurando o desenvolvimento econômico baseado na extração da borracha.