Rio Branco, AC, 19 de abril de 2025 05:22
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AGU aciona PF e PGR após deputado desejar a morte do presidente Lula em sessão da Câmara 

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A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou uma notícia de fato à Polícia Federal (PF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a adoção de providências cabíveis contra o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES). O parlamentar causou indignação ao desejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

“Por mim, eu quero mais é que o Lula morra! Eu quero que ele vá para o quinto dos infernos! É um direito meu. Não vou dizer que vou matar o cara, mas quero que ele morra! Quero que vá para o quinto dos infernos, porque nem o diabo quer o Lula. É por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer… tomara que tenha um ataque cardíaco. Porque nem o diabo quer essa desgraça desse presidente que está afundando nosso país. E eu quero mais é que ele morra mesmo. Que andem desarmados. Não quer desarmar cidadão de bem? Que ele ande com seus seguranças desarmados”, disse o deputado durante sessão.

A declaração foi feita na última reunião da Comissão, ao comentar a ausência de provas relacionadas aos planos de assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O caso foi descrito em denúncia oferecida pela PGR em fevereiro deste ano, no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Diante da gravidade da fala, a AGU determinou a abertura imediata de um procedimento administrativo interno para apurar a conduta do parlamentar. Em nota, o órgão afirmou que as medidas adotadas têm como objetivo “a salvaguarda da integridade das instituições republicanas e do Estado Democrático de Direito”.

A mesma sessão em que Gilvan da Federal fez a declaração polêmica também foi marcada pela aprovação do Projeto de Lei n.º 4012/23, que propõe vedar o uso de armas de fogo por agentes de segurança pessoal do presidente da República e dos ministros de Estado.

Fonte: Agência Brasil