Paulo Machado, principal nome da Secretaria Municipal de Educação em Rio Branco, tem estado no centro de uma controvérsia política que reacende debates sobre lealdades e articulações no meio público. O gestor, que em gestões passadas era visto como um dos principais aliados do PT, agora caminha ao lado do prefeito Sebastião Bocalom (PL), gerando críticas e questionamentos sobre suas motivações e estratégias.
Nos governos de Marcus Alexandre (MDB) e Tião Viana (PT), Paulo era presença constante, tanto em eventos públicos quanto nos bastidores, consolidando uma relação próxima com os petistas. Fotos dele ao lado de lideranças do PT estão circulando pelas redes sociais, alimentando especulações de que Machado busca sempre estar ao lado de quem detém o poder. Para seus críticos, ele não tem uma real lealdade partidária, mas sim um interesse em se posicionar estrategicamente onde pode se beneficiar.
O episódio mais polêmico envolvendo o secretário é a sua suposta participação no afastamento de Nabiha Bestene (PP), nome de peso na política local e considerada a matriarca de uma das famílias mais influentes de Rio Branco. Fontes próximas à gestão afirmam que Paulo Machado foi o articulador que pressionou para que Nabiha fosse retirada da administração municipal, consolidando seu próprio espaço na gestão.
A troca de alianças de Machado tem gerado desconforto entre os aliados históricos do PT, que agora o veem ao lado de um dos principais adversários do partido na capital. Para alguns analistas políticos, sua movimentação reflete um pragmatismo típico do cenário político brasileiro. Para outros, é um sinal de oportunismo que enfraquece a confiança nas lideranças públicas.
Por enquanto, Paulo Machado continua como um dos pilares da gestão Bocalom, mas as críticas e os questionamentos sobre suas intenções seguem crescendo, dividindo opiniões na cena política de Rio Branco.
